Geraldo Casagrande
ALTO CRUZEIRINHO, ITAGUAÇU-ES
A COMUNIDADE DE BOA FAMÍLIA, ATUAL ITAGUAÇU, SURGIU POR VOLTA DOS ANOS DE 1875 A 1880, TENTO COMO PRIMEIROS DESBRAVADORES OS PORTUGUESES JOSÉ THEODORO DE ANDRADE E FRANCISCO JOSÉ DA SILVA. A PARTIR DE 1882, CHEGARAM À REGIÃO OS PRIMEIROS IMIGRANTES ITALIANOS E, TEMPOS DEPOIS, TEVE INÍCIO A IMIGRAÇÃO ALEMÃ, LEVANDO À EXPANSÃO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA NA REGIÃO. ESSES IMIGRANTES FIXARAM-SE ÀS MARGENS DO RIO SANTA JOANA E SEUS AFLUENTES.
SÍTIO CÓRREGO DA ONÇA
EMBORA LIDASSE COM A TERRA DESDE CRIANÇA, O CAFEICULTOR GERALDO CASAGRANDE INICIOU O TRABALHO NA PROPRIEDADE EM 1990, EM SOCIEDADE COM OS IRMÃOS E O PAI, WENCESLAU CASAGRANDE, QUE LOGO NO INÍCIO DIVIDIU AS TERRAS COM OS FILHOS. DEPOIS DE 20 ANOS PRODUZINDO COMMODITIES, FOI EM 2010 QUE GERALDO COMEÇOU O TRABALHO DE QUALIDADE, ORIENTADO E INCENTIVADO POR UM AGRÔNOMO DO INSTITUTO CAPIXABA DE PESQUISA, ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL (INCAPER), APÓS OBSERVAR A CAPACIDADE DO PRODUTOR E DA PROPRIEDADE.
“EU POSSO DIZER QUE COMECEI NO CAFÉ COM 7 ANOS DE IDADE. ATUALMENTE, TENHO 51 ANOS E ESTAMOS NESSA LIDA ATÉ HOJE”, BRINCA GERALDO, LEMBRANDO QUE, NA INFÂNCIA, QUANDO CHEGAVA DA ESCOLA, O PAI O MANDAVA IR CATAR CAFÉ COM A MÃE.
HOJE, A ESPOSA SILVIA, 46, É SUA COMPANHEIRA NA PRODUÇÃO, AJUDANDO A ADMINISTRAR A LAVOURA, OS TRABALHADORES E NOS CUIDADOS PÓS-COLHEITA NOS TERREIROS. O FILHO DO CASAL, JHONATAN, DE 26 ANOS, TRABALHA NA CIDADE, MAS NÃO DEIXA AJUDAR QUANDO PODE. JÁ A FILHA, JOICE, 19, CUIDA DE OUTRA PROPRIEDADE PRODUTORA DE CAFÉ COM O MARIDO.
TODO TRATO DA LAVOURA NO DECORRER DO ANO É FEITO APENAS PELO CASAL. JÁ DURANTE A SAFRA, ELES TÊM O AUXÍLIO DOS “COMPANHEIROS”, COMO CARINHOSAMENTE GERALDO TRATA OS FUNCIONÁRIOS CONTRATADOS PARA COLHER O CAFÉ, QUE É INTEGRALMENTE DESPOLPADO E SECADO NO TERREIRO – APESAR DE TER UM SECADOR DE FOGO INDIRETO NA PROPRIEDADE, O RESULTADO NÃO AGRADA AO PRODUTOR.
O RETORNO FINANCEIRO QUE TEM NA LAVOURA DÁ SEGURANÇA A GERALDO PARA ORIENTAR AQUELE PRODUTOR QUE DESEJA TER CAFÉ ESPECIAL. “TEM DE CUIDAR COM CARINHO DA PRODUÇÃO. SE NÃO QUISER FAZER ASSIM, É MELHOR NEM FAZER”, AFIRMA O CAFEICULTOR.
A PRIMEIRA COLHEITA DE CAFÉ DESSA QUALIDADE N A PROPRIEDADE FOI REALMENTE “MUITO ESPECIAL”, COMO LEMBRA O CASAL. “PREPARAMOS NOSSO CAFÉ, CONTRATAMOS O CAMINHÃO, COLOCAMOS TODA NOSSA PRODUÇÃO EM CIMA E, CONTRA A OPINIÃO DE TODOS OS VIZINHOS, AMIGOS E PARENTES, PARTIMOS COM NOSSO CAFÉ ATÉ VENDA NOVA E VENDEMOS PARA A PRONOVA. NOS CHAMARAM DE DOIDOS! E FICAMOS AGUARDANDO ATÉ RECEBER O DINHEIRO DE TODA NOSSA PRODUÇÃO. MAL DORMÍAMOS, ATÉ QUE CHEGOU O DIA DE RECEBER TUDO”, CONTA GERALDO.
PARA INVESTIR NA MODERNIZAÇÃO DE SUA LAVOURA, O CAFEICULTOR PARTICIPA DE TREINAMENTOS, DIAS DE CAMPO, TESTES DE INOVAÇÃO NAS PODAS E SEMPRE CONVIDA AGRÔNOMOS E TÉCNICOS A CONHECEREM SUA LAVOURA. PARA 2019, SERÃO INICIADOS TESTES DE PLANTIO DE NOVAS VARIEDADES DE ARÁBICA AINDA NÃO TESTADAS NA REGIÃO, SEMPRE EM BUSCA DE UMA BEBIDA DIFERENCIADA.
INFORMAÇÕES DA FAZENDA
Altitude
915 m
Processo de produção
Colheita seletiva
Área Plantada
28 hectares
Variedade do lote
Catuaí 81 Vermelho e Amarelo
Processamento
Via Úmida - Cereja Descascado
Secagem
Terreiro Coberto
Época de Colheita
Julho a Outubro